A química é a ciência que estuda a matéria e as suas relações e transformações. Ela surge da necessidade do homem de dominar a natureza e as transformações da matéria e aplicá-las ao seu favor.
A manipulação da matéria já vem das primeiras sociedades humanas, quando o homem ainda utilizava pedras e ossos como instrumentos. Porém um grande marco nessa história é quando o homem aprende a criar e dominar o fogo. Foi com ele que o homem aprendeu a cozinhar, tanto os alimentos quanto o barro, possibilitando a fabricação de vasos e outros instrumentos.
Para o homem primitivo, todos os fenômenos da natureza eram efeitos de espíritos e forças ocultas, e a magia seria a forma de interagir com eles. Para isso o homem desenvolveu rituais e técnicas, como a produção de poções, o que viria a desenvolver processos como a fermentação, curtição e a metalurgia.
Os primeiros metais utilizados pelo homem foram o ouro e o cobre. Isso por que na natureza podem ser encontrados em estado quase puro. Provavelmente foram descobertos quando o homem fazia fogueiras em rochas ricas em minérios, que ao serem aquecidos liberavam seus metais. Com o tempo outros metais foram sendo descobertos.
Por volta do século VI a.C. começaram a surgir novas formas de pensar, e o lado místico da arte de lidar com a matéria foi posta de lado. Começaram a surgir várias teorias que explicassem a constituição da matéria. Para o filósofo Tales de Mileto tudo havia surgido da água. Já para Empédocles tudo era formado pela mistura de quatro elementos, sendo eles a água, a terra, o fogo e o ar. Aristóteles, um importante filósofo grego, era adepto dessa tese e aprimorou-a acrescentando um quinto elemento que chamou de “éter”, que seria o elemento base de todos os outros. Essa teoria foi a mais aceita por centenas de anos.
Entre os anos 300 e 1.400 surgiu e se desenvolveu a alquimia, que seria uma técnica sagrada capaz de transformar metais em ouro e até curar doenças. Os alquimistas usavam a teoria dos quatro elementos para explicar a formação da matéria, enquanto vários conhecimentos que eram aplicados nos experimentos dos artesãos eram seculares e tinham conceitos místicos, mágicos.
Os alquimistas deram grandes contribuições para os estudos da matéria, testando praticamente todas as substâncias conhecidas e deixando técnicas e equipamentos úteis para a ciência que surgiria em breve.
Porém a ideia de um mundo regido por leis místicas começou a cair durante o século XVII e a Química começou a surgir como uma ciência que valorizava mais a razão, sem considerar fatores místicos. Para a Química, deveria se observar os fatos em busca de leis que explicassem todos os fenômenos.
Em 1.661 o anglo irlandês Robert Boyle publicou o livro “O Químico Cético”, que pôs fim a teoria dos quatro elementos, e sugeriu como elemento químico uma substância perfeitamente homogênea obtida após ter sido reduzida ao máximo através de todos os métodos conhecidos. Estava consolidada a Química.
Abraço do Leo!
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